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Foto do escritorArtur Monteiro

Caminhante, não há caminho. O caminho se faz ao caminhar.

Começo com uma frase batida, do nosso querido Raul Seixas, que por mais que dita e repetida tem sua grande carga de verdade. Sonho que se sonha junto é realidade. Inspirado pelos meus dois grandes amigos Natália Almeida e Lemon Torquato, que fizeram campanhas de financiamento colaborativo para alçar sonhos decidi me aventurar pelo mesmo caminho.


De meados de março até agora já foram quase dois meses e tenho trabalhado bastante para tirar um dos meus maiores sonhos no papel. Na verdade de colocá-lo no papel. Publicar meu primeiro livro autoral "Caminhos gerais".


Em 2015 eu percorri de moto e por cerca de três meses a estrada real, do Rio até Diamantina, e continuei pela estrada até a Chapada e depois até Salvador, voltando pelo litoral. Na época eu realmente achei que a aventura que eu estava vivendo deveria ser contada mas não sabia direito porque. Não achava que estava fazendo nada demais, viajava com minhas economias e ilustrava o que eu vinha vendo, nada além. Com o tempo minha percepção mudou sobre mim mesmo, sobre medos, falhas, deslizes e acertos. Com as reflexões e vivências que iam se descortinando entendi que sonhos são para ser vividos.

Mas não digo apenas sonhos num sentido mais onírico e imaterial. Sonhos são pontes para o futuro, elos que nos ligam ao futuro e que nos fazem percorrer caminhos para que possamos construir, no presente, o mundo que sonhamos. Vejo hoje que, de certa forma, o meu sonho de 2015 me unia ao Artur de hoje. Que eu não tinha maturidade e entendimento necessário para seguir o caminho que, naquela época já se colocava a mostra. Como toda estrada, ela se constrói no caminho, e de certa forma já intuía como alcançar o ponto futuro.


Diferentemente do que pensava à época, não era sozinho e fechando reflexões. Mas exatamente o contrário, expor ideias e se permitir ao novo que a abertura trás. Medo continuará existindo, mas é bom lembrar que nunca somos apenas nós que nos representamos. Somos a construção constante e incessante do coletivo que nos precede e nos rodeia.


Sou grato por ver que mais do que eu, há dúzias de pessoas que acreditam no meu trabalho e querem, também, ver os "Caminhos Gerais" florescerem e permitirem novos horizontes aos olhos cansados de nossa realidade. O mundo é plural e vejo que esse meu trabalho é construído às centenas de mãos. Sou ainda mais feliz ter visto o processo como um todo e resgatado isso tudo agora de um novo lugar. O caminho, ele não existe. Ele se faz ao caminhar.


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